SÓ PARA VERSOS QUE LI...

sábado, 4 de janeiro de 2014

As horas

"Podia simplesmente deixá-los e regressar à sua outra casa, onde nem Sally nem Richard existem, onde há apenas a essência de Clarissa, uma rapariga que se transformou numa mulher, ainda cheia de esperança, ainda capaz de tudo. É-lhe revelado que toda a sua mágoa e solidão, toda essa estrutura frágil, deriva simplesmente de fingir viver neste apartamento entre estes objetos, com a boa e nervosa Sally, e que, se partir, será feliz, ou melhor ainda do que feliz: será ela mesma. Sente-se fugaz e maravilhosamente só, com tudo pela frente."

CUNNINGHAM, Michael. As Horas. São Paulo: Cia das Letras, 1999.

Nenhum comentário: