SÓ PARA VERSOS QUE LI...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

o prazer do texto

"Na guerra das linguagens, pode haver momentos tranqüilos, e esses momentos são textos ( A guerra, diz uma das personagens de Brecht, não exclui a paz... A guerra tem seus momentos pacíficos... Entre duas escaramuças, pode-se esvaziar muito bem um canecão de cerveja... ). Entre dois assaltos de palavras, entre duas majestades de sistemas, o prazer do texto é sempre possível, não como uma distração, mas como uma passagem incongruente dissociada de uma outra linguagem, como o exercício de uma fisiologia diferente." p. 41

"... todo escritor de prazer tem suas ruborizações imbecis (Balzac, Zola, Flaubert, Proust; somente Mallarmé talvez é senhor de sua pele): no texto de prazer, as forças contrárias não se encontram mais em estado de recalcamento, mas de devir: nada é verdadeiramente antagonista, tudo é plural." p. 43 


BARTHES, Roland. O prazer do texto. Tradução: J. Guinsburg. São Paulo: editora perspectiva, 1987.

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