"Na
guerra das linguagens, pode haver momentos tranqüilos, e esses momentos
são textos ( A guerra, diz uma das personagens de Brecht, não exclui a
paz... A guerra tem seus momentos pacíficos... Entre duas escaramuças,
pode-se esvaziar muito bem um canecão de cerveja... ). Entre dois
assaltos de palavras, entre duas majestades de sistemas, o prazer do
texto é sempre possível, não como uma distração, mas como uma passagem
incongruente dissociada de uma outra linguagem, como o exercício de uma
fisiologia diferente." p. 41
"... todo escritor de prazer
tem suas
ruborizações imbecis (Balzac, Zola, Flaubert, Proust; somente Mallarmé
talvez é senhor de sua pele): no texto de prazer, as forças contrárias
não se encontram mais em estado de recalcamento, mas de devir: nada é
verdadeiramente antagonista, tudo é plural." p. 43
BARTHES, Roland. O prazer do texto. Tradução: J. Guinsburg. São Paulo: editora perspectiva, 1987.
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