a viagem
Meio
adormecidos e murmurando palavras fragmentadas, pararam no ângulo feito
pela proa do barco, que deslizava rio abaixo. Um sino tocou na ponte de
comando e ouviram o chapinhar da água que se afastava em ondinhas dos
dois lados; um pássaro assustado no sono grasnou, voou para a árvore
mais próxima, e tudo ficou calado de novo. A escuridão derramava-se
profusamente e os deixava quase sem sentimento de vida, a não ser por
estarem parados ali, juntos, na escuridão.
Virginia Woolf. A Viagem, tradução de Lya Luft, Novo Século, p. 429/430
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